Júlio Pomar

 

 

Up

Pomar Júlio (1926, Lisboa)

Após concluir os cursos da Escola de Belas-Artes de Lisboa, e depois, do Porto, Júlio Pomar faz-se notar desde muito cedo, uma vez que a Fundação Gulbenkian lhe atribui em 1957 o prémio de gravura e em 1961 o primeiro prémio de pintura. Em 1963 instala-se em Paris. A sua pintura tem ligações com a Pop Art: faz, durante alguns anos, um tratamento de recortes ou de "silhuetagem" da figura, evocando Wesselman ou Adami. Esta maneira de fazer ressaltar os seus temas é ainda manifesta nas telas dos seus últimos anos: tributárias de um registo mais expressionista em termos cromáticos, estas ordenam-se segundo uma sucessão de planos verticais, dividindo a superfície do quadro. Pomar privilegia também o retrato como temática, quer seja o dos seus próximos (série da Tereza), quer seja a evocação de artistas e escritores (Baudelaire, Poe, Mallarmé e, claro, Pessoa). Participou em numerosas exposições colectivas, como a do Pittsburg Carnegie Institute, em 1964, as Bienais de São Paulo de 1953 e 1985 ou a exposição "Fernando Pessoa" no Centro Georges Pompidou, em 1984. Conta evidentemente com numerosas exposições individuais, das quais uma retrospectiva na Fundação Gulbenkian de Lisboa, em 1978, e na Galerie Bellechasse, onde mostra regularmente o seu trabalho.