Maluda
Maria de Lurdes Ribeiro, pseudónimo de (1934, Nova Goa)
Pintora portuguesa, natural de Nova Goa. Ainda na adolescência, tem uma
aproximação autodidacta à pintura, começando por se dedicar ao teatro.
Estreia-se em 1961, em Lourenço Marques (actual Maputo), como retratista. Dois
anos mais tarde, vem para Lisboa para iniciar os estudos nesta área. Completa a
sua formação em Paris, Londres e Suiça, na década de 70. A sua orientação
temática revela-se desde cedo, preferindo as paisagens urbanas e imagens
ilustradas da realidade, que representa de forma hiper-realista ou com tendências
constructivistas e pós-cubistas. Os seus trabalhos denotam grande domínio técnico,
utilizando os efeitos da luz como elemento determinante da composição. Os
ciclos de Janelas e mais recentemente de Quiosques lisboetas, mais do que referências
naturalistas, inventariam as características da arquitectura portuguesa, sendo
mesmo considerados um símbolo do seu trabalho. A sua actividade artística
estende-se a áreas como a serigrafia, tapeçaria, cartaz, pintura mural e
ilustração. A criação de selos, é ainda outra área a que se dedica, tendo
recebido um prémio mundial, atribuído por duas vezes, em 1987 (Washington,
EUA) e em 1989 (Périgueux, França). Entre outros recebe ainda o Prémio D.
Gustavo Cordeiro Ramos, da Academia Nacional de Belas-Artes e o Prémio
Columbano Bordalo Pinheiro para as Artes Plásticas, da Casa da Imprensa (1994). |